Eu sou a fera selvagem que cavalga no crepúsculo, a portadora da coroa de espinhos;
De doce aroma, de negros olhos;
Eu sou a peste que destrói nações e o milagre que regenera o mundo.
Eu sou a coruja que de tudo sabe e águia que a tudo vê;
Sou o lobo que protege o rebanho em troca do sacrifício de uns novilhos;
Sou a mão que amacia a carne que outrora feri.
Sou a velha pútrida que leva as almas ao abismo;
Onde no desespero e desgraça;
Eles encontram a essência de seu heroísmo.
Bebem meu sangue, comem minha carne;
Destroem meu ventre, dilaceram meu coração;
Da maldição que lhes lanço, encontram a benção.
Eu sou a bela dama prateada, que ilumina a escuridão;
Sou aquela que mostra o caminho entre os caminhos;
Aquele tão íngreme que leva à iluminação.
(Agatho Vanth)
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